Este é título da mesa redonda realizada na terça, 25, no 52º CBPC/ML, coordenada pelos patologistas clínico Celso Granato e João Renato Pinho e o virologista Luiz Tadeu Figueiredo, quando foram apresentados os panoramas da situação da chikungunya, dengue e febre amarela.

Os palestrantes abordaram a história dessas doenças no país, os números atualizados, os novos diagnósticos que vêm sendo pesquisados e a prevenção.

O coordenador da mesa, Celso Granato, explicou o porquê de o mosquito Aedes aegypti ser difícil de controlar. Segundo ele, a biologia do Aedes está muito próxima à da população, além de gostar muito do clima do Brasil.

O patologista clínico acredita que, apesar de nenhum país ainda ter conseguido eliminar esse vetor, é possível combatê-lo sim. Ele destaca que já há mecanismos, mas que ainda não são usados em larga escala.

“Os mosquitos transgênicos são uma opção e já são utilizados no Brasil. Eles são um tipo de mosquito defeituoso, que não procria, mas que compete com o macho pela fêmea. Isso ajuda na diminuição do Aedes. Além deles, a bactéria volbaquia também é uma alternativa. Ela é específica para eliminar insetos e não afeta o ser humano. Em alguns países já há estudos sobre ela”, afirmou.

Outro ponto importante abordado foi o papel do patologista clínico nesta questão. Granato comentou que, do ponto de vista clínico, essas doenças são muito parecidas, mas com evoluções diferentes – e isso dificulta em um diagnóstico final.

“Devido à dificuldade do clínico em diferenciar dengue, febre amarela e chikungunya, quanto mais informado e atualizado o patologista clínico estiver mais ele poderá ajudar. Há muita informação cruzada. É importante verificar com atenção não só o exame para determinada doença, mas também os demais, como hemograma, e apontar as características corretas para não prejudicar o diagnóstico”, concluiu.

Veja fotos do Flickr do 52º CBPC/ML em flickr.com/sbpcml.

Texto: Patrícia Bernardo/DC Press